tag:blogger.com,1999:blog-81375347027841722522024-03-13T20:00:40.338+00:00Memórias, apenas!Unknownnoreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-54707715295039768852022-05-23T16:15:00.000+01:002022-05-23T16:15:40.119+01:00Um ano sem o meu avô<p style="text-align: justify;">É muito difícil descrever. Estar longe nos últimos anos de vida do meu foi aterrorizante e ao mesmo tempo, foi um bálsamo para que eu não sofresse tanto no meu dia-a-dia. Sinto falta da voz dele, de como ele sempre dizia que 'estava doido' pra falar comigo e saber como eu estava. O meu avô era teimoso demais, preocupado demais. Desde que eu me entendo por gente, ele sempre viveu para os outros. Ele viveu para se doar, muito mais do que para receber. Ele tinha um enorme prazer em dar tudo o que tinha, tudo de si, para fazer aqueles que ele amava feliz. </p><p style="text-align: justify;">No dia em que embarquei para Portugal, para iniciar uma nova vida, sem data certa para voltar, eu lembro de vê-lo chorar pela primeira vez na vida. A lembrança do seu choro me acompanhou durante toda a viagem e foi a grande causadora das minhas lágrimas infinitas no voo, durante o tempo em que eu não dormi. </p><p style="text-align: justify;">Eu sei que um dos maiores orgulhos da vida dele era dizer que tinha uma neta jornalista. Meu Deus, como os caixas de supermercado, entregadores e guichês dos estacionamentos o ouviam dizer isso, sem falar nos médicos, enfermeiras e cuidadoras. Era uma das melhores sensações da vida, sentir que dei orgulho ao meu avô. </p><p style="text-align: justify;">Eu queria muito que ele tivesse conhecido os meus filhos, ele amava tanto a Gabi, mas tanto. Sei que seria um bisavô muito doce e amável. Mas eu preciso ser grata à vida por ter os meus pais e os meus sogros, que são pessoas maravilhosas. Todos eles serão ótimos avós para os meus filhos. </p><p style="text-align: justify;">O meu avô me faz muita falta. Não na minha rotina, porque ele já não estava nela há alguns anos, mas no futuro inexistente. Aquele futuro que imaginamos e realizamos, e que nos damos conta de que uma das pessoas que mais amamos no mundo já não existe mais. </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-81103383460323419402021-11-28T03:27:00.001+00:002021-12-09T18:57:02.151+00:00Carta à minha avó <p>Oi, Vó. </p><p>É difícil perguntar isso para uma pessoa morta, mas como você está? Em outubro deste ano completaram-se 20 anos desde a sua morte. Eu vivi 14 maravilhosos anos com você. Às vezes ainda lembro do seu cheiro, de quando eu me agarrava a você quando estava frio. </p><p>Às vezes sonho que você está viva. Durante anos sonhei que você estava vivendo longe e não lembrava de ninguém. Eu queria acreditar que, numa história cinematográfica, eu iria te reencontrar mais uma vez. Que você lembraria de mim e voltaria a fazer parte da minha vida.</p><p>Eu lembro das nossas conversas, tantas vezes eu desabafava com você. Você me amava demais, mas era uma pessoa tão triste. Meu coração se aperta quando eu lembro da sua história, de como foi difícil a sua vida, e de quando você me disse que eu era a melhor coisa que tinha acontecido na sua vida. Naquela época eu não tinha noção da força dessas palavras.</p><p>Você tinha medo que eu não fosse feliz, que você não estivesse por perto para garantir que eu fosse feliz. Sabe, vó, eu queria muito te contar sobre quão feliz eu sou. Eu sou a versão mais feliz que eu poderia ser. Eu fiz tanta coisa que, naquela realidade em que convivíamos, era quase impossível de imaginar. </p><p>Quando eu olho a minha mãe com a Gaby, lembro de nós duas. Mas eu passava mais tempo com você, eu dormia agarrada com você e só comia a sua comida. Deus já sabia que nós não teríamos muito tempo juntas, por isso, permitiu que a nossa relação fosse muito intensa. </p><p>Eu passei a maior parte da minha vida sem você, mas meu Deus, como eu sinto a sua falta até hoje. Muito obrigada por me dar a melhor lembrança de infância que eu poderia ter. Eu sempre vou te amar e nunca vou te esquecer. Espero que ainda demore um pouco para te ver novamente, mas a espera vai compensar. </p><p>Um grande beijo da sua neta, Carol. </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-35458859409777349582021-05-11T17:04:00.002+01:002021-05-11T17:04:47.728+01:00Fé<p> Quando o sofrimento bate à porta, o medo de perder pessoas que eu amo, eu nunca corro para outro lado, senão para a minha fé. Por vezes parece ingratidão, procurar a Deus somente quando 'precisamos', mas a verdade é que não tem melhor colo para corrermos, senão o de Deus. O Deus real, vivo e presente. </p><p>Não consigo escrever mais no momento. Estou muito angustiada e com muito medo. </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-58723233182401352902021-04-01T00:05:00.002+01:002021-04-01T00:05:48.740+01:00Saudosismos<p style="text-align: justify;"> <span> </span>Estou fazendo terapia há 3 meses. Por vezes eu penso que a terapia é como beber água no inverno, você acha que não precisa, mas depois que bebe é que percebe que estava com sede. </p><p style="text-align: justify;"><span> </span>Eu nunca liguei muito às terapias, no fundo eu tinha um leve medo do que poderia sair dali. Mas a pandemia veio para abalar nossas estruturas mentais de uma forma, não consigo imaginar como eu estaria sem vomitar as minhas doses de besteiras - e tenho pena da psicóloga, cada uma que ela tem que ouvir. </p><p style="text-align: justify;"><span> Estou aprendendo alemão, vou mudar de país - de novo. Viver num clima mais nórdico, frio e leve. Fico aflita quando penso no Brasil. O meu país é tão lindo, tão rico. Sinto pena do meu povo, simples, alegre, de bom coração, oprimido. </span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> </span>"A gente ganha pouco, mas se diverte", essa frase não podia ser mais brasileira. </span> Eu tenho orgulho de ter nascido nesse país, tenho pena de ver para onde caminha. Eu queria que as minhas próximas gerações vivessem como vivi na minha infância. Pés no chão, rua de areia, tradições locais, vizinhos amáveis - todos se conheciam. </p><p style="text-align: justify;"><span> Os vizinhos que tive na minha infância estão nas minhas Redes Sociais, os meus atuais vizinhos só me dão "Bom Dia" quando cruzam comigo e não conseguem escapar. Onde eu nasci, eles malhavam o Judas, tinha amigo-oculto com todos da rua no Natal, caçávamos tanajuras, roubávamos frutas no quintal do vizinho. </span> </p><p style="text-align: justify;">É impressionante como a terapia nos dá uma pá e nós cavamos tão fundo, e chegamos aonde nunca imaginávamos chegar. </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-29097787266398543332021-01-19T02:28:00.003+00:002021-02-09T20:53:01.407+00:00Palavras ao Vento<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu sempre me expressei muito bem na escrita, por
cartas, posts, artigos... Desde que aprendi a ler e escrever, criei um prazer
por isso. Produzir conteúdo, sobretudo, conteúdo de dentro pra fora. De dentro
da alma para o mundo exterior. Do interior obscuro dos pensamentos e
sentimentos escondidos, sempre me vinha uma caneta na mão numa folha vazia, e
um vômito de palavras desordenadas, parágrafos sem sentido e principalmente, sentenças
que, uma vez externadas e escritas, são esquecidas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Lembro-me das primeiras vezes que tive um
computador com um Word aberto na minha frente. Era a minha ‘máquina de escrever’
digital. Nas aulas de ‘informática’ da escola, enquanto todos jogavam os jogos
mais modernos da época – leia-se Mário Bros e Pack Man – eu abria um word,
escrevia sem parar, e depois fechava tudo sem salvar. Palavras ao vento, era
como eu chamava. Nos meus breves 11 anos de idade. Coitados dos cadernos (vazios) do meu irmão, que eram preenchidos com os meus devaneios.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Outra característica, eu nunca terminada por completo o meu pensamento e por vezes, as palavras permaneciam soltas. </span></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-64399101223917942142020-12-17T03:18:00.002+00:002021-02-09T20:52:41.937+00:00A Síndrome da Amélie<p> Recentemente diagnostiquei em mim a síndrome da Amélie Poulain. Para quem nunca viu o filme, vou deixar o resumo da Wikipédia e uma análise baseada num spoiler. Ainda dá tempo de parar de ler...</p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;"><span face="arial, sans-serif" style="color: white; font-size: 14px;"><i style="background-color: #444444;">Amélie é uma jovem do interior que se muda para Paris e logo começa a trabalhar em um café. Num belo dia, ela encontra uma caixinha dentro de seu apartamento e decide procurar o dono. A partir daí, sua perspectiva de vida muda radicalmente.</i></span></p></blockquote><p style="text-align: justify;">Essa mudança de perspectiva da personagem nada mais é do que tentar, ainda que de forma indesejada e não convidada, ajudar pessoas do seu convívio com assuntos que ela julga serem importantes, corretos e convenientes. E ela consegue, na maioria das vezes. E as histórias são tocantes e em sua maioria, conseguem ter um desenvolvimento a partir da interferência da Amélie. No entanto, a vida da Amélie é um verdadeiro desastre ocioso. </p><p style="text-align: justify;">Ela é covarde. Como todos nós somos. Prefere focar as energias em resolver os problemas dos outros do que enfrentar os seus próprios problemas. Como a maioria de nós. E foge dos confrontos, faz jogos, enquanto se apaixona perdidamente. Ela só toma o controle da sua vida no final. Vida amorosa, especificamente. Não há mais espaços para confrontes e mudanças, em resumo, ela é uma moça feliz. </p><p style="text-align: justify;">A Síndrome da Amélie nada mais é do que uma dedicação intensa de tempo e energia, de qualquer forma, para ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas ou a simplesmente lidar com os mesmos, sem, necessariamente, ter de lidar com as suas próprias questões, confrontos e problemas. Sim, esta sou eu, hoje, nesta madrugada de quinta-feira. Sem mais a acrescentar. </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-14162322177936123232020-12-14T05:02:00.000+00:002021-02-09T20:53:22.657+00:00A Dani se foi<p style="text-align: justify;">2020 foi um ano ímpar na minha existência, e acredito que na de muitos outros. Eu nunca vivi tantos lutos, nunca chorei tanto pela morte de pessoas da minha família, amigos queridos ou conhecidos, que mesmo sem muito contato, eram pessoas maravilhosas. Descobri o meu perfil de viver o luto, constatei algo que eu já sabia, o quando a <b>vida é efêmera</b>.</p><p style="text-align: justify;"><span>É aterrorizante imaginar a quantidade de vidas que eram importantes, faziam parte do meu dia-a-dia, e hoje, simplesmente não existem mais. Elas não existem. </span><br /></p><p style="text-align: justify;"><span>Vivo atualmente em Portugal, há pouco mais de 5 anos e contando... desde o início da Pandemia, eu não consegui chorar meus lutos completamente e me despedir das pessoas que eu amava e se foram. Caixão fechado, enterros com limite de pessoas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span>Há 15 dias atrás, perdi uma amiga e ex-colega de trabalho, a Dani. A Dani tinha 30 anos, era uma mulher numa alma de menina. Alegre, divertida, sempre maquilhada, cheirava muito bem. A Dani falava bem, escrevia como ninguém. Tinha uma personalidade forte que, muitas das vezes, batia com a de outras pessoas ou com a de qualquer pessoa em algum momento. A Dani era um elo, entre grupos, entre pessoas, interesses, assuntos. A Dani tinha um sorriso lindo. E não digo isto apenas porque nunca mais poderei vê-lo nesta terra, mas ela tinha mesmo um sorriso feliz. </span></p><p style="text-align: justify;">Uma das coisas que aprendi desde que vim morar fora, ou que deixei fluir em mim porque eu já tinha, é a honestidade extrema e sinceridade com qualquer pessoa, doe o quanto doer. Dizer a verdade é prioridade, mesmo que esta magoe, nos ajuda a crescer e amadurecer. </p><p style="text-align: justify;">Olho para trás e vejo quanta coisa poderia ter sido diferente, quantas ações poderiam ter sido feitas se eu pensasse e soubesse que seria o último dia. Não há muito mais o que fazer pela Dani, a não ser, lembrar dela com carinho e pesar pela vida incrível que ela viveu e o restante desta que restou para viver. E aproveitar a minha, porque nunca sei quando será a minha vez. </p><p></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-56468467302318518602020-11-23T01:05:00.000+00:002021-03-09T22:26:43.735+00:00Portugal: primeiras impressões<p>A vida de uma pessoa normal é baseada em comparações. Algumas vezes, a comparação do que tínhamos antes com o que temos agora, do que costumávamos ser e de como somos. Das escolhas que fizemos e como tudo seria diferente se seguíssemos por outro lado. De uma forma absolutamente normal, foi assim que aconteceu quando cheguei a Portugal. </p><p>O avião aterrizou às 7h30 da manhã de uma quinta-feira de agosto. Era verão, o mês mais quente do ano na Europa inteira, mas as temperaturas em Lisboa nas primeiras horas da manhã me assustaram. Saí do avião e tive de vestir um casado leve, que aqui, seria considerado um casaco de primavera. Eu vinha do Rio de Janeiro, pleno inverno. Antes de embarcar, a temperatura no Rio estava mais alta do que em Lisboa quando cheguei. Foi o primeiro choque, inverno e verão, pensei "vai lá, você vai se acostumar!". </p><p>Saí do aeroporto e peguei um táxi. Era um senhor que aparentava ter uns 70 e poucos anos, trabalhando tão cedo. Disse a ele o endereço do Hostel o qual eu tinha reserva. O endereço era desconhecido pelo taxista e a minha surpresa foi enorme quando ele encostou o carro numa rua próxima (recém-chegada do Rio, minhas mãos gelaram), e retirou de dentro do porta-luvas um livro com uma espécie de mapa. Sim, eram as 'páginas amarelas' com um mapa de Lisboa. O homem verificou o livro, saiu do carro e procurou se informar com algumas pessoas que passavam por ali como chegar no endereço certo. Essa foi a minha primeira grande impressão, os portugueses são extremamente prestativos. Não se contentam apenas em responder uma pergunta, eles irão garantir que você encontre a informação, que chegue ao seu destino. Solidariedade e respeito. </p><p>Ao chegar no Hostel, dei de cara com uma porta fechada. Toquei a campainha e alguns minutos depois, abriu a porta um jovem, descabelado, descalço - vestia apenas umas meias - com uma cara de poucos amigos por ter sido acordado. Informei que tinha acabado de chegar do Brasil com as minhas (quatro exageradas) malas e que precisava entrar e descansar. Adivinhem só? Ele apenas respondeu que o check-in era às 14h (seis horas depois?!?!) e que o máximo que poderia fazer era guardar as malas na recepção. </p><p> </p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-20002250683970892862020-10-26T00:09:00.000+00:002021-03-09T22:26:45.352+00:00Resolução dos 33<p style="text-align: justify;"><span> </span>Só agora me dei conta de que vou fazer <b>33 anos</b>. Como dizem por aí, a "idade de Cristo". Com 16 anos de idade eu tinha planejado as etapas grandes da minha vida, sem fazer a mínima ideia de cada degrau que eu deveria subir, muito menos que seria necessário descer alguns degraus para continuar a subir na direção certa. </p><p style="text-align: justify;"> Eu não fazia a mínima ideia do que a vida tinha guardado pra mim. Sempre pensei que os meus planos seriam tão básicos como os das pessoas que me rodeavam - o que não era, de todo, ruim. Me formar na faculdade, conhecer uma pessoa incrível, casar, ter filhos, crescer na carreira e viajar pelo mundo. A vida me pregou uma rasteira, nada do que eu planejei aconteceu, mas o curioso é que, tudo aconteceu de uma forma <b>muito melhor</b>! <br /></p><p style="text-align: justify;"> Nunca tinha imaginado, de fato, viver fora do Brasil. Talvez por uns meses, talvez num intercâmbio ou viagem longa, mas eu sempre fui carente e grudada demais com a minha família para cogitar tal situação. E quando iniciei o trilho por este caminho, tudo ainda estava nublado, sem certezas. Eu mal sabia que a quase 8 mil quilômetros de distância, eu encontraria a minha vida. Não apenas o homem, que seria o meu amor da vida inteira, mas uma família que me acolhesse, amigos que se importavam tanto comigo quanto os que eu tinha no Brasil. Eu ganhei uma <b>nova vida</b>, tão boa quanto a que eu tinha antes, mas longe da minha família. </p><p style="text-align: justify;"><span> Com 23 anos de idade, formada há 2, eu recebi uma grande promoção para coordenar uma equipe numa agência de Marketing Digital. Desde então, a minha carreira foi seguida por cargos de gestão, o que me fez crescer demais como pessoa e pesar tantas atitudes. Isto acabou por moldar o meu caráter e desenvolver um lado humano que eu nem sabia que tinha. Atualmente, estou no início de uma estrada empreendedora. Por vezes me arrependo de não ter começado antes, mas quase sempre, sei que estou no <b>timing certo</b>. </span></p><p style="text-align: justify;"><span><span> </span>Mas a grande e principal questão deste momento é, estou à beira dos <b>33 anos</b>, nada do que estava nos meus planos aconteceu no tempo planejado. Este ano, especialmente, perdi pessoas que eu amava, mas com todos os ônus, sinto que a minha vida não poderia estar melhor. </span><br /></p><p style="text-align: justify;"><span>No início de 2020, fiz as seguintes metas:</span></p><p style="text-align: justify;"></p><ol><li><span>Casamento </span></li><li><span>Comprar apartamento</span></li><li><span>Novo empreendimento</span></li><li><span>Perder peso</span></li><li><span>Aprender um novo idioma / nova habilidade</span></li></ol><div><span> </span>Todas as metas foram alcançadas (algumas apenas iniciadas) e nem todas concluídas ainda, mas mereço um desconto pela interrupção do ano pela pandemia. Além disso, ainda faltam 2 meses. O importante é manter o foco e principalmente, a esperança. </div><p></p>Unknownnoreply@blogger.comPortugal39.399871999999988 -8.224454-4.4812042675269055 -148.84945399999998 83.280948267526881 132.40054599999996tag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-88980127010176627992020-03-23T16:21:00.000+00:002021-03-09T22:26:59.360+00:00Covid-19 em Portugal: devaneios de uma quarentena<div style="text-align: justify;">
O Covid-19, popularmente conhecido como Coronavírus, chegou de mansinho, sem pânico, e atingiu o mundo inteiro num surto rápido e silencioso. Obrigou milhares de pessoas a ficarem em casa, incluindo, eu, que vos escrevo, queridos leitores. </div>
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Não venho trazer notícias sobre o vírus, pois isto já superlota os noticiários mundiais, mas vim falar sobre mim e minhas percepções. Com alguns quilos a mais e compromissos a menos, fui obrigada a adiar a minha festa de casamento, viagem de lua-de-mel, planos profissionais e tudo mais que continha a minha resolução de 2020. </div>
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Honestamente, eu sabia que os planos para este ano eram grandes e audaciosos demais, afinal, ninguém consegue dar um UP tão grande na vida em tão pouco tempo. Mas o que são sonhos frustrados quando milhares de pessoas hoje choram a morte de um ente querido? Quando o medo de, amanhã, eu ser um deles me assombra. </div>
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Eu to aproveitando a quarentena para tirar alguns projetos do papel, aprender novas habilidades, treinar conhecimentos esquecidos e puxar, lá no interior, a esperança de que as coisas vão melhorar e de que eu preciso melhorar também. E principalmente, para observar e analisar as diferenças culturais presentes em meio a uma crise de saúde mundial. Como os europeus são incrédulos nas tragédias baseados em dados estatísticos, e os brasileiros são incrédulos nas tragédias baseados na fé. Vai entender?! </div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-78269809301691730602020-01-08T18:52:00.000+00:002021-03-09T22:27:02.003+00:00Vamos falar sobre a Procrastinação<div style="text-align: justify;">
Eu sempre fui uma pessoa que se atrasava para os compromissos. SEMPRE. Nem que fossem 5 minutos, desde que eu me lembro por gente e passei a decidir e combinar a hora dos encontros e eventos. </div>
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Tenho alguns melhores amigos que já me conhecem há anos e sabem bem deste meu 'feitio'. E é horrível porque, por mais que eu me programe ou deixe tudo pronto, roupa separada, bolsa arrumada, check list mental feito, na última hora eu vou achar um pelo a mais na minha sobrancelha ou vou lixar uma unha que está quase rachada e que vai grudar na minha roupa e puxar uma linha, ou eu vou decidir fazer um 'olhinho de gato', afinal, não é sempre que eu faço uma maquiagem decente para sair. E no caminho do compromisso eu sempre me pergunto "por que raios eu fiz isso?".</div>
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Segundo o dicionário, procrastinar significa adiar, prolongar, postergar. Exatamente o contrário de adiantar e acelerar. Ao pesquisar, descobri que se trata de uma ação extremamente comum na maioria dos seres humanos. Podem não procrastinar ao sair de cada, mas o fazem nas tarefas domésticas, nos trabalhos diários mais chatos, em atividades como arrumar o quintal ou o armário. É comum, e o ser humano tende a tornar comum o que é confortável. </div>
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Em 2020, iniciei um compromisso de aumentar a minha disciplina e eliminar a procrastinação, pelo menos, nas tarefas mais importantes e urgentes que impedem algum tipo de avanço ou evolução pessoal / profissional. Um exemplo é a bendita da pontualidade, tão temível por mim, desde criança. Eu sei que mudar ou se transformar é uma das tarefas mais difíceis de se concluir, mas eu cheguei numa conclusão, quem não estiver disposto a passar por este processo duro e chato, nunca vai ser capaz de sair da infeliz procrastinação, que tanto atrasa as nossas vidas. </div>
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<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-28234417653400942922020-01-06T04:37:00.002+00:002021-03-09T22:27:04.613+00:00O vulcão adormecido <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há algumas semanas atrás fui a um jantar de Natal com colegas e ex-colegas da empresa em que “trabalho”. Quase nunca há tempo para conversarmos ou falarmos sobre coisas pessoais. Esta é uma característica particular e interessante nos portugueses, eles sabem se resguardar. Diferente dos brasileiros que confiam à primeira vista e chamam de amigo alguém que acabou de conhecer, apenas por ter uma ou duas similaridades na vida. Mas não é esta a questão deste post.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Uma destas colegas começou a falar sobre a sua carreira. Recém-formada em jornalismo, trabalhava numa revista muito específica e amava, até ver a equipe mudar e decidir também trocar de emprego. Foi parar ao meio corporativo, aonde se faz se tudo, menos criar e escrever. Este relato trouxe em cheio à memória quando passei por isto.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Iniciei a minha carreira como jornalista estagiária de um jornal impresso. Decidi ser jornalista cedo, primeiro porque amava escrever e segundo porque, como o meu pai trabalhava no Jornal do Brasil, eu cresci vendo a redação e os repórteres, que pareciam tão importantes e felizes. Entretanto, quando já estava na faculdade, me deparei com algo novo que foi: o setor digital. O jornalismo digital me atraiu demais e decidi, naquele momento, que era com ele que eu queria trabalhar. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br />Anos mais tarde, iniciei um estágio numa agência de Mídias Sociais, quando estas ainda eram um mundo desconhecido a ser trilhado. Havia produção de conteúdo e digital, logo, me apaixonei de cara pela profissão. Decidi fazer uma pós-graduação em Marketing Digital, o que acabou por abrir um mar de oportunidades para eu aprender, me encantar e especializar no que eu, de fato, viria a amar e praticar como profissão. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br />Lembrei-me da época em que me fazia falta escrever. Escrever era a minha rotina e paixão. Me dava a sensação de dever cumprido e de que realmente criei algo com as minhas próprias mãos.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Com o passar do ano, descobri novas áreas, me encantei com o Marketing Digital com o um todo. Aprendi a amar as métricas, análises, inteligência de mercado e finalmente, a criação das estratégias de marketing. Passei a ver como resultado, de um texto, a dinheiro grande a entrar na faturação das empresas. Ver as marcas que trabalhei tornarem-se conhecidas nacionalmente, no Brasil e em Portugal, e depois na Europa. Um resultado que vai mover a economia, que vai gerar empregos e alimentar família. Ver um resultado grande partir de ti, sem nenhuma modéstia, supera as expectativas da criação e de ler um texto bonito dezenas de vezes. <br /><br />A vida segue, mas, vez ou outra, me pego rabiscando numa folha de caderno, num blog oculto e anônimo, no Twitter ou neste blog. Como se um vulcão adormecido estivesse dentro de mim e às vezes, precisasse explodir. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br />Sigo a minha vida, fazendo o que amo, e voltarei por aqui. Não sei quando, mas sei que é para sempre. </span></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
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<a name='more'></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8137534702784172252.post-10571867658278594582018-08-08T00:30:00.000+01:002021-03-09T22:27:07.347+00:00Eu sei que é amor...<br />Todos os dias eu me pego pensando na sorte que eu tenho. Depois quase 30 anos, eu conheci o amor da minha vida. Não sei dizer se o termo é tão apropriado para a minha idade, muitas vezes quando falo dele, pareço ter de novo 15 anos e estar no primeiro amor. Mas a verdade é que nunca amei alguém do jeito que eu amo o Márcio, com todos os detalhes.<div><br /></div><div>Sinto uma mistura de frio na barriga com uma segurança plena de que é nos braços dele que quero dormir, todas as noites, até não acordar mais. É olhando nos seus olhos azuis, pele branca translúcida, cabelos castanhos escuros que deslizam pelos meus dedos quando ele adormece enquanto eu falo sem parar sobre assuntos fúteis. Como eu o amo. </div><div><br /></div><div>Você, querido e desconhecido leitor, pode pensar que sou uma adolescente apaixonada pela primeira vez na vida. Mas a verdade é que, já me apaixonei tantas e tantas vezes, já vivi tantos amores, tantos casos rasos, que consegui identificar, de longe, o porto seguro pelo qual a minha vida sempre esperou. Se estarei eternamente apaixonada, eu não sei. Mas sei que vou amá-lo para sempre.<br /><div><br /></div><div><br />
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<br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com