Covid-19 em Portugal: devaneios de uma quarentena

O Covid-19, popularmente conhecido como Coronavírus, chegou de mansinho, sem pânico, e atingiu o mundo inteiro num surto rápido e silencioso. Obrigou milhares de pessoas a ficarem em casa, incluindo, eu, que vos escrevo, queridos leitores. 

Não venho trazer notícias sobre o vírus, pois isto já superlota os noticiários mundiais, mas vim falar sobre mim e minhas percepções. Com alguns quilos a mais e compromissos a menos, fui obrigada a adiar a minha festa de casamento, viagem de lua-de-mel, planos profissionais e tudo mais que continha a minha resolução de 2020. 

Honestamente, eu sabia que os planos para este ano eram grandes e audaciosos demais, afinal, ninguém consegue dar um UP tão grande na vida em tão pouco tempo. Mas o que são sonhos frustrados quando milhares de pessoas hoje choram a morte de um ente querido? Quando o medo de, amanhã, eu ser um deles me assombra. 

Eu to aproveitando a quarentena para tirar alguns projetos do papel, aprender novas habilidades, treinar conhecimentos esquecidos e puxar, lá no interior, a esperança de que as coisas vão melhorar e de que eu preciso melhorar também. E principalmente, para observar e analisar as diferenças culturais presentes em meio a uma crise de saúde mundial. Como os europeus são incrédulos nas tragédias baseados em dados estatísticos, e os brasileiros são incrédulos nas tragédias baseados na fé. Vai entender?! 

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