Palavras ao Vento
Eu sempre me expressei muito bem na escrita, por
cartas, posts, artigos... Desde que aprendi a ler e escrever, criei um prazer
por isso. Produzir conteúdo, sobretudo, conteúdo de dentro pra fora. De dentro
da alma para o mundo exterior. Do interior obscuro dos pensamentos e
sentimentos escondidos, sempre me vinha uma caneta na mão numa folha vazia, e
um vômito de palavras desordenadas, parágrafos sem sentido e principalmente, sentenças
que, uma vez externadas e escritas, são esquecidas.
Lembro-me das primeiras vezes que tive um
computador com um Word aberto na minha frente. Era a minha ‘máquina de escrever’
digital. Nas aulas de ‘informática’ da escola, enquanto todos jogavam os jogos
mais modernos da época – leia-se Mário Bros e Pack Man – eu abria um word,
escrevia sem parar, e depois fechava tudo sem salvar. Palavras ao vento, era
como eu chamava. Nos meus breves 11 anos de idade. Coitados dos cadernos (vazios) do meu irmão, que eram preenchidos com os meus devaneios.
Outra característica, eu nunca terminada por completo o meu pensamento e por vezes, as palavras permaneciam soltas.